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Toxicocinética

O Sarin pode ser absorvido nos seus dois estados físicos (liquido e vapor) sendo rapidamente distribuído pelos tecidos após absorção. No geral, o Sarin é metabolizado muito rapidamente, tanto nos animais como em humanos, após exposição. As enzimas esterases hidrolisam o Sarin nos seus metabolitos. Os rins são a maior e mais importante via de excreção do Sarin e dos seus metabolitos. [14]

 

Os compostos organofosforados, inibidores de colinesterases, como o Sarin, são hidrolisados no organismo por duas famílias de enzimas conhecidas como as carboxilesterases e as paraoxonases. As enzimas encontram-se no plasma e fígado e hidrolisam um grande numero de compostos organofosforados por clivagem de ligações fosfoesteres, anidrido, PF ou PCN. [15]

Produtos de hidrólise do Sarin: Ácido Isopropilmetilfosfónico e Ácido metilfosfónico

Os produtos de hidrólise do Sarin, os seus metabolitos, são rapidamente excretados pela urina, mas também podem ser detetados no sangue. [16]

O metabolito do Sarin, o ácido metilfosfónico, foi detetado no plasma de ratinhos após uma hora da administração de uma única dose intramuscular de 80 µg/kg. O ácido isopropilmetilfosfónico, outro metabolito do Sarin, foi detetado na urina. [14]

Também num estudo feito por Nakajima et al. (1998b) foram detetados os metabolitos ácido metilfosfónico e o ácido isopropilmetilfosfónico  em amostras de urina de pessoas expostas a Sarin durante um ataque no Japão. [14]

Estes metabolitos, são então considerados Biomarcadores de Exposição, visto que quando são detetados, quer na urina quer no sangue, indicam a exposição ao xenobiótico. [17]

[14] Abu-Qare, A.W.; Abou-Donia, M.B. (2002) Sarin: health effects, metabolism, and methods of analysis. Food and Chemical Toxicology, volume 40: 1327-1333

[15] Hardman, J.G., L.E. Limbird, P.B., A.G. Gilman. (2006) Goodman and Gilman's The Pharmacological Basis of Therapeutics. 11th ed. New York, NY: McGraw-Hill, p. 209

[16Hamelin, E. I., Schulze, N. D., Shaner, R. L., Coleman, R. M., Lawrence, R. J., Crow, B. S., ... & Johnson, R. C. (2014). Quantitation of five organophosphorus nerve agent metabolites in serum using hydrophilic interaction liquid chromatography and tandem mass spectrometry. Analytical and bioanalytical chemistry, 406(21), 5195-5202.

[17]Black, R. M. (2008). An overview of biological markers of exposure to chemical warfare agents. Journal of analytical toxicology, 32(1), 2-9.

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